Modelos atômicos numa perspectiva histórica

PLANEJAMENTO DE AULAS

MODELOS ATÔMICOS NUMA PERSPECTIVA HISTÓRICA

JUSTIFICATIVA

A LDB aponta a importância da história e da filosofia como instrumentos de transformação curriculares, buscando a contextualização no ensino a fim de formar sujeitos capazes de entender a realidade atual com criticidade. Contudo, a abordagem histórica da ciência na maioria dos livros didáticos contribui para a reprodução de uma concepção de ciência neutra, linear e independente do contexto sócio-cultural contemporâneo. Por sua vez, a prática científica aparece como um trabalho isolado e inacessível, reforçando a concepção elitista e descontextualizada de ciência.

Nesse sentido, este plano tem como objetivo apresentar uma abordagem histórica contextualizada da evolução dos modelos atômicos, um dos assuntos tratados no planejamento. A busca do conhecimento acerca da constituição dos materiais é antiga e foi importante para que o homem pudesse explicar as suas propriedades, promovendo, portanto, o desenvolvimento da ciência e das novas tecnologias que propiciaram o avanço da humanidade. A concepção atômica da matéria foi construída ao longo de séculos e a abordagem deste conteúdo requer um aprofundamento histórico de modo a compreender a evolução, os erros e as controvérsias dos diferentes modelos para um melhor entendimento da concepção atual.

OBJETIVOS

- Evidenciar que a ciência se desenvolve em um contexto histórico-cultural que interfere em seu avanço;

- Compreender, por meio da história, o processo de evolução da ciência;

- Discutir e entender o conceito de átomo, através dos diferentes modelos propostos ao longo da história da humanidade;

- Entender os experimentos, as controvérsias e as dificuldades encontradas para a aceitação dos modelos;

CONTEÚDOS

ESTRUTURA ATÔMICA

- Conceito de átomo e seus modelos ao longo da história da humanidade: átomos na concepção grega; átomos na Idade Média; concepção atômica no renascimento cultural; o átomo mecanicista.

- Teria atômica de Dalton; modelo de Thomson; modelo de Rutherford; modelo de Bohr: experimentos, contribuições e controvérsias.

PROCESSO DE MEDIAÇÃO DIDÁTICA

  • Aula 1


O que são modelos? Qual a sua importância no desenvolvimento da ciência?

- Dinâmica da caixa

  • Aula 2 e 3


- Pergunta: do que a matéria é feita? Ter uma noção do conhecimento prévio dos alunos;

- Separar a sala em grupos e entregar um material escrito com as concepções acerca da constituição da matéria durante a Antiguidade, na Idade Média e no período mecanicista. Cada equipe deverá grifar as ideias centrais do texto, dar um título e criar três palavras-chave. Em seguida, as equipes apresentarão o conteúdo do material que lhes foram entregues. Este trabalho será realizado em conjunto e de forma dialogada.

  • Aula 4 e 5


- Aula expositiva dialogada e projeção de vídeos/imagens

A teoria atômica de Dalton; quais são os problemas do átomo indivisível? Como se explica a eletricidade?

O átomo tem “tomos”: o modelo atômico de Thomson; experimentos, contribuições e controvérsias;

- Exercício de fixação do livro didático Ser Protagonista para casa;

- Correção dos exercícios/tira dúvidas.

  • Aula 6, 7 e 8


- Aula expositiva dialogada e projeção de vídeos/imagens

O modelo atômico de Rutherford: experimentos, contribuições e controvérsias;

- Vídeo: As cores dos fogos de artifício e os espectros de emissão;
O modelo de Bohr.

- Revisão dos modelos (de Dalton, Thomson, Rutherford e Bohr) e exercício de fixação para casa (do livro Ser Protagonista);

- Correção do exercício.

  • Aula 9


- Separar os alunos em equipes. Cada equipe será responsável em montar um dos modelos estudados. As equipes irão debater (como em um tribunal) acerca dos modelos atômicos construídos, apresentando as contribuições, explicando os experimentos e levantando os problemas de cada modelo.

RECURSOS DIDÁTICOS

Datashow e notebook
Quadro e piloto
Livro didático (Ser Protagonista)
Imagens, vídeos e materiais escritos

REFERENCIAS

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, DF, v. 134, n. 248, 23 dez. 1996.Seção I, p. 27834-27841.

CHAVES, L.; SANTOS, W.; CARNEIRO, M. História da ciência no estudo de modelos atômicos. Química Nova na Escola, vol. 36, n° 4, p. 269-279, 2014.

FREIRE, JR. A relevância da Filosofia e da História das Ciências para a formação de professores de Ciências. In: Epistemologia e Ensino de Ciências. Org.: Waldomiro José da Silva Filho. Salvador: Arcádia-UCSal, 2002.

FERREIRA, L. M. Atomismo: um resgate histórico para o ensino de química. 2013. 170 f. Dissertação (Mestrado em Educação Científica e Tecnológica) - Centro de Ciências Físicas e Matemáticas, Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Catarina, 2013.

LISBOA, J. C. F.; Ser Protagonista Química. v. 1, Editora SM. 2011.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Panc

Orla de Plataforma